08/12/2024
Hoje fui visitar a exposição de presépios na Igreja de São Francisco, no centro de São Paulo, e saí de lá impressionado. O que vi não foi apenas uma representação do nascimento de Jesus; foi um mergulho em diferentes culturas, tradições e formas de arte. Cada presépio parecia contar uma história única, usando materiais e estilos que refletiam criatividade e identidade.
O primeiro que me chamou a atenção foi feito com juta, palha e tecido, transmitindo uma simplicidade rústica, mas carregada de significado. A composição parecia humilde, mas não simplista. Cada detalhe tinha sua razão de estar ali, desde os pássaros decorando o cenário até o poço ao lado da cena.
Outro presépio, completamente diferente, era repleto de cores vivas e figuras que remetiam ao folclore e às tradições populares. Ele dava vida à ideia de que o nascimento de Jesus transcende barreiras culturais e pode ser interpretado de formas diversas. Os detalhes nos trajes das figuras e o cenário, com tijolinhos e uma atmosfera quase campesina, deixaram claro o cuidado colocado na obra.
Por fim, um dos meus favoritos combinava elementos tradicionais com uma proposta mais ousada: peças verdes feitas de cerâmica ou algo similar, que contrastavam com um fundo escuro iluminado por luzes brancas e por um vitral cheio de simbolismo. Esse jogo de luz e sombra, junto com os elementos rústicos, parecia conectar o sagrado com o terreno.
A exposição não é só bonita — ela provoca reflexões. Cada presépio tem a sua mensagem, e juntos eles mostram como o espírito do Natal é universal, mas também pessoal. Se você ainda não foi, recomendo muito a visita. Saí de lá inspirado e com a certeza de que a arte tem o poder de nos aproximar, não só uns dos outros, mas também do que realmente importa.