Fortaleza de Florianópolis

09/07/2024

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, em Florianópolis, é um lugar impressionante, mas não é um local que vive apenas de glórias passadas.


 Construída no século XVIII para proteger a Ilha de Santa Catarina de invasões, a fortaleza tem uma história rica, mas também carregada de desafios e lutas. 

Ao caminhar por suas muralhas, não posso deixar de sentir o peso das batalhas que aqui ocorreram e imaginar o esforço dos soldados que ali viveram. 

 As pedras das muralhas são testemunhas silenciosas do passado, mas o que mais me impressiona é a vista deslumbrante para o mar, que oferece uma perspectiva estratégica e, ao mesmo tempo, uma beleza serena. 

No entanto, essa beleza contrasta com o rigor da vida militar que ali foi travada. É um lembrete constante de que a defesa da ilha não era apenas uma necessidade, mas uma obrigação que exigia sacrifícios reais. 

 O que restou da fortaleza hoje é uma mistura de ruínas e reconstruções. 

Embora haja um esforço evidente para preservar sua história, o desgaste do tempo é visível em cada pedra, em cada muralha. 

Caminhar por esse lugar é como fazer uma viagem no tempo, mas também é um convite à reflexão sobre a fragilidade de nossa herança histórica e a necessidade de preservá-la.


 A Fortaleza de São José da Ponta Grossa é um monumento que não só celebra a bravura dos que ali viveram, mas também serve como um alerta sobre a importância de proteger e valorizar nossa história, mesmo que ela seja marcada por lutas e dificuldades.

Visitar a Fortaleza de São José da Ponta Grossa é uma experiência que transcende o tempo e nos transporta para uma era de batalhas e estratégias militares. Este harmonioso conjunto arquitetônico, cercado por espessas muralhas, guarda em suas pedras a história e a memória da defesa da Ilha de Santa Catarina.

Ao adentrar os portões da fortaleza, a primeira construção que chama a atenção é a imponente Casa do Comandante. Com dois pavimentos, este edifício não serviu apenas de moradia para os líderes militares, mas também abrigou o Paiol da Pólvora, um detalhe curioso e crucial para a defesa do local. Ao lado, a pequena Capela dedicada a São José se destaca por ser a única construção do sistema defensivo que manteve sua função original até os dias de hoje, um símbolo de fé e resistência.

Durante décadas, a fortaleza esteve abandonada, suas estruturas quase reduzidas a ruínas. No entanto, em 1938, o tombamento como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional marcou o início de sua preservação. Nos anos 70 e 80, o IPHAN iniciou os primeiros trabalhos de arqueologia e restauração, focando na capela e na consolidação das muralhas e da Casa do Comandante.

Foi apenas em 1990 que a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) concluiu um extenso processo de prospecção arqueológica. Hoje, a fortaleza não é apenas um testemunho silencioso de nosso passado militar, mas também um centro de educação e cultura. A Casa do Comandante abriga uma exposição permanente com artefatos descobertos durante as escavações, permitindo que cada visitante compreenda melhor a vida e os desafios enfrentados por aqueles que ali viveram.

Para mim, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa não é apenas um monumento. Ela é uma ponte viva que liga o presente ao passado, lembrando-nos da importância de preservar nossa história e de valorizar os sacrifícios feitos para defender a terra que hoje chamamos de lar. Cada pedra, cada artefato, cada história contada pelas muralhas é um convite para refletirmos sobre nossa identidade e nossas raízes.